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CLIMA DE MELANCOLIA

Tião Miranda já admite a interlocutores que Chamonzinho não tem mais condições de vencer em Marabá

Durante a campanha, Chamonzinho perdeu força conforme a população foi percebendo sua estratégia de usar Marabá como parte de um projeto político mais amplo, voltado para a dominação política no estado do Pará. Dirceu foi quem mais cresceu nas últimas três pesquisas registradas pelo Instituto Ampla

Interlocutores e assessores próximos do prefeito de Marabá, Tião Miranda (PSD), avaliam que, a essa altura da disputa pela Prefeitura de Marabá, o candidato Chamonzinho (MDB), apoiado por Tião e pelo governador Helder Barbalho, já não tem mais chances de vitória. Durante a campanha, Chamonzinho, que fez carreira na política a partir de Curionópolis, perdeu força conforme a população foi percebendo sua estratégia de usar Marabá como parte de um projeto político mais amplo, voltado para a dominação política no estado do Pará. Esse desgaste refletiu-se nas pesquisas e confirmou os prognósticos de Tião Miranda, que tem um histórico de não fazer sucessores — em 2008, quando apoiou João Salame para prefeito, o candidato também foi derrotado.

A pesquisa mais recente do Instituto Ampla, divulgada na madrugada deste sábado (5), aponta Toni Cunha (PL) na liderança isolada com 45,6% das intenções de voto na pesquisa estimulada, quase 12 pontos à frente de Chamonzinho, que caiu para 33,9%. Dirceu ten Caten (PT) segue em terceiro lugar com 13,5% e continua crescendo na reta final da campanha. Outros 2,2% dos eleitores afirmaram não saber em quem votar, 0,9% não responderam, 1,3% estão indecisos, e 2% declararam voto em branco ou nulo.

No comitê de Toni Cunha, o clima é de otimismo, e uma carreata e motociata da vitória está sendo organizada para a tarde deste sábado. Enquanto isso, no QG de Chamonzinho, o ambiente é de tensão e melancolia, com relatos de que o candidato teria reagido com irritação à queda em mais uma pesquisa. Os assessores de Chamonzinho já sentiam a pressão da corrida eleitoral, agravada pela perda de apoio popular ao longo da campanha.

Na pesquisa espontânea, que não apresenta os nomes dos candidatos, Toni Cunha também lidera com 40,4%, enquanto Chamonzinho aparece com 27,9%, e Dirceu ten Caten registra 9,4%. Nesse cenário, a vantagem de Toni sobre Chamonzinho aumenta para 12,5%. Outros 13% dos eleitores disseram não saber em quem votar, 2% não responderam, 5,1% se declararam indecisos, e 2,2% declararam voto em branco ou nulo.

No quesito rejeição, Dirceu ten Caten aparece com o maior índice, com 30,9%, seguido por Chamonzinho, com 29,8%. Toni Cunha é o menos rejeitado, com 25%. Entre os entrevistados, 7,6% afirmaram que poderiam votar em todos os candidatos, e 6,8% não souberam ou não quiseram responder.

A pesquisa também revela que 75,9% dos eleitores já têm uma decisão definitiva sobre o voto, enquanto 22% ainda podem mudar de opinião. Entre os eleitores de Toni Cunha, 83,6% afirmaram que o voto é definitivo, enquanto Chamonzinho tem 76,8% de eleitores decididos, e Dirceu ten Caten 71,3%.

Pesquisa Ampla

A pesquisa foi realizada entre os dias 30 de setembro e 3 de outubro com 800 eleitores e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número PA-04252/2024. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%, refletindo o que já é percebido nas ruas e redes sociais de Marabá.

O levantamento do Instituto Ampla é corroborado por uma enquete realizada pela página Memes Marabá no Instagram e pelo Portal Carajás Notícias, que contabilizou 7.018 votos até a manhã deste sábado (5). Segundo a enquete, Toni Cunha obteve 4.210 votos (59,99%), enquanto Chamonzinho ficou com 2.311 votos (32,93%), e Dirceu ten Caten com 497 votos (7,8%). A enquete foi disseminada nas redes sociais e permitiu apenas um voto por dispositivo.

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