O jornalista Chagas Filho, acusado de assédio sexual por uma ex-colega de trabalho, agora enfrenta novas denúncias de comportamento abusivo dentro do Grupo Correio de Comunicação. Conhecido por ser um “papa anjo”, Chagas manteve um relacionamento secreto com Thays Araújo, uma jovem 24 anos mais nova que ele. Thays, que veio de Goiás para iniciar sua carreira jornalística em Marabá enquanto ainda cursava Comunicação Social, foi alvo das investidas de Chagas logo nos primeiros meses de trabalho. Chagas Filho é assessor direto da campanha de Chamonzinho e trabalha atualmente na comunicação da campanha do emedebista.
Aproveitando-se de sua posição de influência na emissora, Chagas seduziu a jovem, que estava em uma fase inicial de sua trajetória profissional e vulnerável a esse tipo de abordagem. Embora não houvesse reciprocidade nos sentimentos, Chagas insistiu em manter o relacionamento, chegando até a manifestar a intenção de se casar com Thays. A situação, no entanto, rapidamente se deteriorou, com Thays rejeitando as investidas de Chagas, o que deu início a uma relação tóxica que contaminou o ambiente de trabalho.
Os dois passaram a manter contatos frequentes via WhatsApp e ligações telefônicas, mas a jovem, cansada das investidas insistentes e indesejadas, acabou bloqueando o colega de trabalho. Não aceitando a rejeição, Chagas Filho continuou a persegui-la, desta vez por meio de e-mails, em uma tentativa desesperada de reatar o contato. Essa comunicação abusiva se estendeu por aproximadamente seis meses, aumentando o desconforto de Thays e agravando a já tensa relação entre os dois no ambiente profissional.
No último e-mail enviado a Thays, Chagas pediu perdão por todo o mal que causou à jovem e declarou que também se penitenciava pelo que havia causado a si mesmo. Apesar do pedido de desculpas, o comportamento de Chagas, que envolvia coerção emocional e abuso de poder, já havia deixado profundas marcas em Thays e na dinâmica da redação.
Esse novo episódio traz à tona um padrão de comportamento recorrente de Chagas Filho, que, além das acusações de assédio sexual, se aproveita de sua influência no Grupo Correio para tentar estabelecer relações de poder e controle sobre funcionárias mais jovens e menos experientes. Sua postura predatória no ambiente de trabalho é amplamente conhecida pelos colegas, mas, assim como em outros casos, a direção da emissora — nas figuras de Angélika Freitas e Karine Schuh — permanece omissa, permitindo que Chagas siga em suas funções sem qualquer punição.
A história de Thays Araújo revela mais um lado sombrio das práticas internas no Grupo Correio de Comunicação, onde figuras de poder são protegidas e condutas inapropriadas são acobertadas. A manutenção de Chagas Filho na empresa, mesmo após a sucessão de denúncias, reforça a percepção de impunidade e desrespeito às vítimas, cujas vozes continuam sendo silenciadas em um ambiente marcado pela falta de accountability e transparência.
A empresa, por sua vez, segue inerte diante das repetidas violações, permitindo que figuras como Chagas Filho continuem a exercer sua influência, mesmo às custas do bem-estar e da segurança de suas funcionárias. Com a palavra, Grupo Correio e Chamonzinho.
