Neste exato momento, na noite desta quinta-feira (3), o candidato a vereador Ubirajara Sompré (MDB) promove uma ação escancarada de compra de votos no Bar do Juarez, no núcleo Cidade Nova, em Marabá. Com diversas churrasqueiras assando carne e linguiça para os eleitores presentes, Ubirajara usa recursos públicos e promessas de vantagens diretas para corromper o processo eleitoral, em um ato de total desrespeito à democracia. A prática é ilegal e imoral, mas não ocorre de forma isolada. Chamonzinho (MDB), candidato a prefeito e velho conhecido das investigações da Polícia Federal, também participa do evento, colocando sua candidatura ainda mais no centro de graves irregularidades.
A ação de Ubirajara vai além da distribuição de comida: ele está utilizando o programa Sua Casa, do Governo do Pará, para prometer até R$ 20 mil a eleitores, em uma tentativa desesperada de conquistar votos. No Bairro Amapá, a entrega desses cheques habitacionais virou moeda de troca, e os eleitores são coagidos a votar no candidato em troca de benefícios públicos. Trata-se de uma compra de votos disfarçada, que coloca em risco a legitimidade do pleito eleitoral e expõe o uso criminoso de programas sociais para manipular o resultado das eleições. A Polícia Federal fez uma batida na casa de Ubirajara na terça-feira (1°) e apreendeu documentos e dispositivos eletrônicos.
O candidato a prefeito Chamonzinho, por sua vez, está envolvido nesse esquema vergonhoso, pois seus aliados compram votos tanto para eles quanto para o candidato da coligação majoritária. Sua participação no evento desta noite só confirma o que muitos já suspeitavam: a chapa do MDB está disposta a tudo para alcançar o poder, inclusive violar a legislação eleitoral de forma descarada. A presença de Chamonzinho nesse ato de corrupção eleitoral o vincula diretamente às práticas ilegais de Ubirajara, comprometendo não apenas sua candidatura, mas toda a chapa.
A Polícia Federal já está investigando candidatos de Marabá cujas ações não são apenas ofensivas à lei, mas também um verdadeiro tapa na cara da população. Enquanto compram votos com carne e promessas de moradia, os dois candidatos demonstram um completo desprezo pelas regras democráticas e pela Justiça Eleitoral. Eles acreditam estar acima da lei, confiantes na impunidade, graças à influência do governador Helder Barbalho, que controla as polícias Civil e Militar e tem poder de influência sobre o Ministério Público e o Judiciário.
Mas essa impunidade pode estar chegando ao fim. Agentes da lei, que não estão dispostos a fechar os olhos para tamanhas irregularidades, continuam investigando esse esquema criminoso, e tanto Ubirajara quanto Chamonzinho correm o risco real de ter suas candidaturas cassadas pela Justiça Eleitoral. O uso descarado de recursos públicos e a compra de votos não podem ser tolerados em um sistema democrático, e é preciso uma ação rápida e firme para que esses candidatos respondam por seus crimes.