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CASO REAL

Réu é absolvido de acusação de homicídio em júri simulado de direito

Atividade foi realizada no Salão do Júri do Fórum de Marabá por alunos do 8º período de direito de uma faculdade particular. Defesa saiu como grande vitoriosa do evento ao conseguir liberdade do acusado

Os alunos do 8º período de direito de uma faculdade particular de Marabá tiveram a oportunidade de vivenciar, na prática, como funciona um tribunal do júri. O Júri Simulado 2024, que aconteceu durante toda a manhã deste sábado (14), no Salão do Júri do Fórum de Marabá, não foi apenas uma atividade acadêmica, mas um exercício realista e técnico que trouxe ao centro do debate o julgamento de um homem acusado de ordenar um homicídio em 2009, em meio a um conflito agrário, em Breu Branco (PA).

De um lado, a acusação, composta pelos discentes Paulo Geovane Lopes Freire, Juliana Jorge Martins, Fabriny Souza Rodrigues, Joelson Barata de Souza e Roberval Morais Santos, baseou-se em depoimentos de testemunhas e indícios para sustentar a culpa do réu. Do outro, a defesa, representada por Vinícius Vieira Soares, Daniel Aguiar Vieira Teixeira, João Lucas Barbosa Serra, Flavio da Costa Brito Lima e Pedro Lucas Rodrigues Bezerra, argumentou que a denúncia do Ministério Público era inepta e apresentou a tese de negativa de autoria, questionando a robustez das provas.

Defesa e acusação sustentaram suas teses no salão do júri; debates foram acalorados. Foto: Thalles Alexandre

Os alunos desempenharam com competência os papéis atribuídos. Além dos advogados, testemunhas como Magno, Marcus Paulo e Fabiano Reis enriqueceram a dinâmica do júri. Oficiais de Justiça, policiais e escreventes, todos representados por acadêmicos, garantiram que o processo transcorresse de forma organizada, sob a presidência da estudante Bruna Belém Chaves, que conduziu o julgamento com firmeza.

No fim, o conselho de sentença decidiu pela absolvição do réu por 4 votos a 0, reforçando o caráter pedagógico da atividade: não era o resultado que importava, mas sim a experiência adquirida. Após o encerramento, defesa e acusação trocaram cumprimentos, em um gesto de respeito mútuo e ética profissional.

O evento contou com a presença do juiz Alexandre Hiroshi Arakaki, que elogiou o preparo técnico dos alunos e a iniciativa de promover o júri pelo professor Toni Vargas, delegado de Polícia Civil. Mais do que uma simulação, a atividade foi um exercício de cidadania e prática jurídica, essencial para formar profissionais prontos para os desafios reais da advocacia e da magistratura.

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