Uma fonte interna da campanha de Chamonzinho (MDB) informou à Reportagem que a equipe do candidato está enfrentando um clima de grande apreensão no QG de campanha. Assessores diretos do político teriam demonstrado frustração e raiva ao receberem resultados de pesquisas internas que apontam uma vantagem ainda maior para Toni Cunha (PL), atual líder nas intenções de voto. O próprio Chamonzinho teria arremessado um copo de vidro contra uma janela, em reação aos dados que indicam uma derrota quase certa.
De acordo com a pesquisa do Instituto Ampla, registrada no TSE sob o número PA-06003/2024, Toni Cunha lidera com 29,5% das intenções de voto, enquanto o segundo colocado aparece com 27,5%. A pesquisa foi realizada entre os dias 9 e 12 de setembro, ouvindo 800 eleitores.
Fontes também relatam que, diante da queda nas pesquisas, Chamonzinho tem orientado sua equipe a intensificar a produção de ataques e fake news contra Toni Cunha, utilizando terceiros (blogs, sites e páginas) para espalhar difamações até a véspera da eleição. O que se percebe, porém, é um efeito diverso do esperado: o eleitor consciente não acredita mais em ataques infundados no período eleitoral, buscando analisar as propostas e o histórico dos candidatos.
Além disso, o candidato estaria confiando na compra de votos para virar o cenário na madrugada de 6 de outubro, estratégia muito usada por Miguelito e Elza Miranda, que são da base do candidato de Curionópolis e sabidamente sempre recorreram a esse recurso para se perpetuarem no poder.
No entanto, fontes da Reportagem também indicam que grande parte desses assessores deverá embolsar o dinheiro que seria destinado à compra de votos, como “prêmio de consolação” pela derrota nas urnas. A Polícia Federal tem intensificado suas ações de combate a crimes eleitorais por todo o Brasil e, na última sexta-feira (20), apreendeu mais de R$ 1 milhão e materiais de campanha eleitoral em duas abordagens distintas a veículos, em Boa Vista.
No total, a PF já apreendeu mais de R$ 3 milhões somente neste mês de setembro. A PF segue com as investigações para identificar a origem do dinheiro e os vínculos entre os envolvidos. É preciso que a PF também realize ações semelhantes em Marabá, Parauapebas, Canaã dos Carajás, Tucuruí e outras cidades das regiões sul e sudeste do Pará, de maneira a coibir essa prática.