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Marabá

Chamonzinho transferiu domicílio eleitoral faltando 6 meses para as eleições

Candidato a prefeito alugou uma casa no Bairro Belo Horizonte, aos fundos da casa do ex-prefeito João Salame. Com base política em Curionópolis, onde sua esposa é prefeita, Chamonzinho enfrenta dificuldades na corrida eleitoral em Marabá com o avançar da campanha

O Portal Carajás Notícias segue cobrindo as eleições municipais nas cidades do sul e sudeste paraense. Em Marabá, a Reportagem descobriu que o candidato Wenderson Azevedo Chamon, conhecido como Chamonzinho (MDB), transferiu seu domicílio eleitoral para o município faltando seis meses para as eleições, em 1° de abril deste ano, curiosamente no Dia da Mentira. O político alugou uma casa no Bairro Belo Horizonte, aos fundos da residência do ex-prefeito João Salame, com a intenção apenas de concorrer à Prefeitura da quinta cidade mais importante do Pará. Ex-vereador e ex-prefeito de Curionópolis, onde a esposa dele é a atual prefeita e candidata à reeleição, Chamonzinho tenta agora se tornar prefeito de Marabá, como parte de um plano mais amplo de controle político da região.

Antes de se decidir por Marabá, Chamonzinho teria considerado se candidatar em Parauapebas ou Canaã, mas, ao perceber que sua rejeição por parte da população é maior nessas cidades, decidiu tentar a sorte em Marabá. Para garantir apoio, ele contou com a influência direta do governador Helder Barbalho (MDB).

Candidato de Curionópolis mudou o domicílio eleitoral para Marabá no dia 1° de abril, o popular Dia da Mentira: coincidência?

Informações de bastidores indicam que o governador chantageou o atual prefeito Tião Miranda (PSD), ameaçando reprovar as contas do gestor nos tribunais de contas do estado quando ele deixar a prefeitura, caso Tião não apoiasse Chamonzinho. Mesmo sob essa pressão, a família de Tião Miranda declarou apoio ao candidato Toni Cunha (PL). Félix Miranda, irmão de Tião, vem participando inclusive de caminhadas com o candidato.

Além dessas acusações de chantagem, Chamonzinho também é alvo de críticas por utilizar recursos públicos para cooptar lideranças locais em prol de seu projeto político. Em seis anos como parlamentar, ele não destinou nenhuma emenda individual para Marabá, conforme informações confirmadas na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). Apesar disso, ele tem afirmado que obras executadas pelo Governo do Estado, pela mineradora Vale e pela própria Prefeitura de Marabá seriam fruto de sua atuação, o que tem gerado insatisfação, inclusive de seu oponente Dirceu ten Caten (PT), que compartilha com Chamonzinho o eleitorado de esquerda.

Mesmo investindo fortemente em sua campanha, Chamonzinho continua atrás na corrida eleitoral em Marabá. As pesquisas de intenção de votos indicam que Toni Cunha está à sua frente. Duas delas, uma do Instituto Acertar (PA-00664/2024) e outra do Instituto Doxa (PA-09614/2024), que foram contratadas por blogueiros pagos por Chamonzinho, não foram divulgadas.

A enquete realizada pelo Portal Carajás Notícias já coloca medo na campanha do emedebista, pois retrata a vontade espontânea do eleitorado marabaense: até às 18h30 deste sábado (28/9), Toni aparecia com 3.707 votos, Chamonzinho com 2.194 votos e Dirceu com 467 votos. A diferença entre Toni e Chamonzinho é de 1.513 votos. Em dados percentuais, considerando o total de 6.368 votos, Toni está com 58,21%, Chamonzinho com 34,45% e Dirceu com 7,33%.

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